Consumo consciente e possibilidades do vestir sustentável.
Os grandes estímulos das indústrias e das campanhas publicitárias contribuíram para o excessivo consumismo.
A palavra consumo, origina-se do latim “consumere”, que significa esgotar, anular, gastar, desgastar… Constatamos que esse excesso também é responsável pelo alto uso de recursos naturais para produção e comercialização de mercadorias.
Em contrapartida, vemos uma crescente demanda e procura por informações sobre consumo responsável, assim como o surgimento de movimentos como o slow living, minimalismo e slow food.
De acordo com a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Instituto FSB (2020), a cada quatro brasileiros, três manterão o nível de consumo reduzido após pandemia.
Na live sobre consumo consciente e possibilidades do vestir sustentável, Julia Codogno (professora, consultora de marcas de moda sustentáveis e idealizadora do @mabellevitrine), falou sobre importância de desconstruir o que está enraizado em cada um de nós, sair da zona de conforto, praticar o exercício da observação e do autoconhecimento, para assim, ter uma trajetória mais consciente.
Como exercer o consumo consciente?
Nesse mesmo bate-papo, Julia relatou a importância de resgatarmos a essência da palavra consciência. Isso permite escolhas de maior autonomia, inclusive para ressignificarmos, olharmos, nos apropriarmos e darmos um novo sentindo e uma nova vida ao que já temos.
Ela também nos trouxe uma pesquisa do Pinterest, onde observou-se um aumento expressivo de buscas na plataforma relacionados à sustentabilidade, sendo elas: fazer decoração econômica (+308%), artesanato reciclável/reciclado (+2276%), vida com menos desperdício: (+446%) e moda de segunda mão (+38%).
O que podemos observar nas pesquisas acima, é o aumento e interesse por ressignificar, criar e do fazer manual, sendo isso portanto, uma atitude consciente e responsável.
No caso de verdadeira necessidade de uma nova compra, buscar por marcas nacionais que produzem de forma responsável com seus colaboradores e com matérias-primas de menor impacto ambiental, fortalece esse movimento e incentiva a economia local.
Possibilidades do vestir sustentável:
Assim como para todos os itens que adquirimos ao longo da vida, as roupas também merecem ressignificação. Tingimentos, upcycling, customização, bordar, entre tantas artes que o fazer manual e a criatividade são capazes de proporcionar para uma conexão mais carinhosa e cuidadosa com a sua peça.
Outras opções sustentáveis também são as assinaturas para aluguel de roupas e a compra em brechós. Para essas escolhas conscientes, não são utilizados novos recursos naturais para a produção de novas roupas.
O setor têxtil e de confecção no Brasil tem grande importância para o país. De acordo com os dados do relatório do Instituto C&A, essa categoria é a que mais emprega pessoas Brasil, sendo 75% formada por mulheres.
Por isso, se for adquirir peças novas, Julia sugere roupas com menor impacto ambiental. Ou seja, pesquisar em diversas fontes como site, redes sociais e até mesmo questionar as marcas sobre as matérias-primas utilizadas e os métodos de produção. Ela também ressaltou priorizar tecidos de menor impacto (orgânicos e agroecológicos), o tingimento natural e produção justa e local.
Essas e outras dicas estão disponíveis na live.
Conheça: Vestô e Julia Codogno.
Texto escrito por Najat Hassan e Julia Codogno.